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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Nasa divulga imagem detalhada de lua de Júpiter: A lua Europa é uma das principais apostas de cientistas para abrigar vida fora da Terra

Imagem detalhada da lua Europa, do planeta Júpiter(NASA/JPL-Caltech/SETI Institute/VEJA)

A Nasa divulgou uma versão nova e mais detalhada de uma imagem da superfície da lua Europa, de Júpiter, na sexta-feira. Um pouco menor do que a Lua da Terra, o satélite é considerado por muitos pesquisadores como a principal aposta para abrigar vida fora da Terra, devido ao extenso oceano que se encontra abaixo da superfície congelada deste corpo celeste.

A imagem original era composta por fotografias obtidas no fim da década de 1990, pela missão Galileo, e publicada em 2001, em baixa resolução. Ela foi reprocessada utilizando tecnologia moderna e, além de alta resolução, tem agora cores mais próximas ao que o olho humano seria capaz de ver.

A existência do oceano na lua Europa é sustentada pelos pesquisadores com base em observações realizadas por telescópios da Terra e por sondas que já passaram pelo satélite. Ela teria de duas a três vezes a quantidade de água do nosso planeta, e poderia reunir as condições necessárias para o surgimento da vida - que, no caso da Terra, teria vindo dos oceanos.

"Nós costumávamos pensar que para um mundo ser habitável ele teria que estar a determinada distância de sua estrela, de modo que fosse possível existir um oceano liquido na superfície", afirma Kevin Hand, estudioso da astrobiologia, área que busca por formas de vida fora da Terra, em vídeo divulgado pela Nasa.

Apesar de estar longe do Sol, os cientistas acreditam que a Europa tenha água liquida devido à "força da maré", isto é, a atração gravitacional entre ela e Júpiter, que gera calor para manter a água nesse estado. O contato desse oceano salgado, em constante movimentação, com as rochas do corpo celeste pode, segundo os pesquisadores, criar as condições favoráveis ao desenvolvimento da vida.

Missões futuras - A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) tem planejada uma missão para explorar o planeta Júpiter e três de suas maiores luas, Ganímedes, Calisto e Europa. Denominada Juice (JUpiter ICy moons Explorer ou Exploração das luas congeladas de Júpiter, em tradução livre), a missão tem previsão de lançamento em 2022 e chegaria ao planeta apenas em 2030, onde ficaria três anos fazendo observações detalhadas do gigante gasoso e de seus satélites.

A Nasa tem em seus planos a missão Europa Clipper, com o objetivo de analisar as condições de esse satélite dar suporte à vida, mas ainda sem data definida.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/nasa-divulga-imagem-detalhada-de-lua-de-jupiter/

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Nasa revela vídeo com imagens impressionantes de Júpiter



Um vídeo divulgado pela Nasa mostra Júpiter em resolução altíssima resolução, a 4k. As imagens foram capturadas pelo Telescópio Hubble e revelam detalhes impressionantes do maior planeta do sistema solar.

A intenção da Nasa é fazer uma série de retratos anuais dos planetas do sistema, com mapas de ventos, nuvens, tempestades e químicas atmosféricas.

Focado em Júpiter telescópio fez com que os cientistas percebessem algumas mudanças no planeta. Basta esperar e apreciar estas belas e inéditas imagens.

 



segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Imagem inédita mostra Saturno em suas cores naturais


Nasa divulga primeira fotografia de Saturno na qual aparecem, além de todas as suas luas e anéis, os planetas Terra, Vênus e Marte







A Terra aparece logo abaixo de Saturno, como um pequeno ponto brilhante. No momento da foto, a Nasa pediu para que diversas pessoas ao redor do planeta olhassem para o céu, na direção da sonda Cassini, e sorrissem para a foto(NASA/JPL-Caltech/SSI/VEJA)

A Nasa divulgou nesta terça-feira uma fotografia inédita de Saturno, capturada pela sonda Cassini, em suas cores naturais. Essa é a primeira vez em que os pesquisadores conseguem mostrar em uma única imagem Saturno, suas luas e anéis, e o brilho longínquo dos planetas Terra, Vênus e Marte. O panorama cobre 651.591 quilômetros e é, na verdade, um mosaico composto por 141 fotografias tiradas durante quatro horas no dia 19 de julho.

Imagens da Terra capturadas a partir de regiões tão distantes são muito raras - essa é a terceira foto do tipo já divulgada até hoje. É que, visto a longa distância, o planeta aparece muito perto do Sol. Se a Cassini, por exemplo, tentar fotografar o planeta sob condições normais, corre o risco de danificar os seus sensíveis equipamentos. Por isso, a equipe responsável pela sonda esperou por um momento em que o Sol estivesse escondido atrás de Saturno, e a Terra continuasse visível. Isso foi possível no dia 19 de julho, quando a Nasa criou a campanha "Acene para Saturno". A agência pediu para que pessoas de todo o mundo olhassem em direção ao planeta no mesmo instante em que a sonda estivesse fotografando a Terra.

"Com essa vista magnífica, a Cassini nos entregou um universo de maravilhas. E fez isso justamente em um dia em que pessoas de todo o mundo, em uníssono, sorriram em comemoração à alegria de estar vivo em um pálido ponto azul", disse Carolyn Porco, líder da equipe de imagens da Cassini.

O pálido ponto azul citado pela pesquisadora é a própria Terra, que aparece como um ponto brilhante abaixo de saturno. A fotografia também mostra Vênus, à esquerda, e Marte como um ponto tênue um pouco mais distante. Além deles, são vistas brilhando no espaço escuro sete luas de Saturno. A imagem pode ser vista em todos os detalhes no site da Nasa.

NASA/JPL-Caltech/SSI
Imagem de Saturno vista do espaço(NASA/VEJA)

Com o Sol escondido atrás de Saturno, a sonda Cassini capturou na mesma imagem, Saturno, Terra, Marte e Vênus

Anéis - A imagem deve ajudar os cientistas a estudar o planeta e seus anéis, principalmente o anel E, o mais externo na imagem. "Este mosaico fornece uma notável quantidade de dados de alta qualidade sobre os anéis difusos de Saturno, revelando todos os tipos de estruturas intrigantes que estamos tentando entender. O anel E mostra determinados padrões que provavelmente refletem distúrbios vindos de fontes tão diversas como a luz solar e a gravidade da lua Encélado", diz Matt Hedman, cientista da Universidade de Idaho, nos Estados Unidos, que participa da missão.

Lançada em 1997, a Cassini tem explorado a região de Saturno há cerca de nove anos. Segundo a Nasa, a missão deve durar até 2017. "Com uma dança longa e intrincada em torno de Saturno, a Cassini tem como objetivo estudar o planeta a partir de todos os ângulos possíveis", diz Linda Spilker, cientista do projeto Cassini instalada no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, na Califórnia.

"Além de nos mostrar a beleza do planeta, dados como esse também melhoram a nossa compreensão sobre a história dos anéis em torno de Saturno e a forma como os discos se formam em torno dos planetas. São pistas sobre como o próprio Sistema Solar se formou em torno do Sol", diz a pesquisadora.

Fonte da Informação: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/em-nova-imagem-de-saturno-terra-aparece-brilhando-ao-fundo/

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

NASA divulga imagens inéditas de Encélado, lua de Saturno


IMAGEM MOSTRA DETALHES DO TERRENO DE ENCÉLADO, LUA GELADA DE SATURNO (FOTO: NASA)

A nave Cassini da NASA começou a enviar a primeira leva de imagens captadas dos extremos do norte de Encélado, lua de Saturno. Os registros foram tirados na última quarta-feira (14) a uma distância de 1839 quilômetros acima da superfície do satélite. Segundo a agência espacial americana, podemos esperar mais dados e imagens da lua nos próximos dias

Os cientistas esperavam que a região polar de Encélado fosse cheia de crateras, mas as imagens da Cassini mostram que a superfície é complexa e possui vários constrastes. "A região norte é entrecortada por rachaduras tão finas quanto teias de aranha e elas passam pelas crateras", diz Paul Helfenstein, da Universidade de Cornell, em Nova York, nos Estados Unidos. "Essas rachaduras finais são onipresentes em Encélado, e agora vemos que elas se estendem pelos terrenos do polo norte também."

A nave da NASA ainda tem mais dois encontros marcados com Encélado. O próximo será no dia 28 de outubro, quando Cassini ficará a 49 quilômetros de distância da região polar do satélite. O objetivo é que sejam colhidas informações a respeito do oceano que se encontra por baixo do gelo da superfície da lua. O último voo nas proximidades de Encélado será a 4,9 quilômetros de distância e ocorrerá no dia 19 de dezembro, quando a nave calculará a quantidade de calor vinda do interior do satélite.



DETALHES INCRÍVEIS DO POLO NORTE DA LUA (FOTO: NASA)


Via NASA
Fonte da Informação: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2015/10/nasa-divulga-imagens-ineditas-de-encelado-lua-de-saturno.html

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Água mineral e água de mesa, você sabe a diferença?






Segundo o Código de Águas Minerais (Decreto-Lei Nº 7.841, de 08/08/1945), águas minerais são aquelas provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que possuam composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das águas comuns, com características que lhes confiram uma ação medicamentosa.

Segundo o mesmo código, são águas potáveis de mesa as águas de composição normal provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que preencham tão-somente as condições de potabilidade para a região.

Portanto, a água mineral tem uma ação medicamentosa; a água de mesa é uma simples água potável. Essa é uma informação importante para o consumidor, pois muitas vezes se toma água de mesa pensando ser água mineral. Ambas são vendidas em garrafas e ambas podem conter gás. A diferença está apenas no rótulo, que deve informar se a água é mineral ou apenas água de mesa.

Classificação das águas minerais

De acordo com a composição química, as águas minerais são classificadas em doze diferentes grupos.

I – radíferas: as que contêm substâncias radioativas dissolvidas, o que lhes dá radioatividade permanente.

II – alcalino-bicarbonatadas: as que contêm compostos alcalinos equivalentes a no mínimo 0,200 grama de bicarbonato de sódio por litro.

III – alcalino-terrosas: as que contêm compostos alcalino-terrosos equivalentes a no mínimo 0,120 grama de carbonato de cálcio por litro. Podem ser alcalino-terrosas cálcicas ou alcalino-terrosas magnesianas.

IV – sulfatadas: as que contêm no mínimo 0,100 grama por litro do ânion sulfato (SO42-) combinado com os cátions sódio (Na1+), potássio (K1+) e magnésio (Mg2+).

V – sulfurosas: as que contêm no mínimo 0,001 grama do ânion enxofre (S) por litro.

VI – nitratadas: as que contêm no mínimo 0,100 grama por litro do ânion nitrato (NO31-) de origem mineral.

VII – cloretadas: as que contêm no mínimo 0,500 grama de cloreto de sódio por litro.

VIII – ferruginosas: as que contêm no mínimo 0,005 grama do cátion ferro (Fe) por litro.

IX – radioativas: as que contêm radônio (Rd) dissolvido. Dependendo do teor desse gás, podem ser francamente radioativas, radioativas ou fortemente radioativas.

X – toriativas: as que possuem um teor de torônio (um isótopo do radônio) em dissolução, equivalente em unidades eletrostáticas a duas unidades Mache por litro, no mínimo.

XI – carbogasosas: as que contêm 200 mililitros de gás carbônico (CO2) livre dissolvido, a 20°C e 760 mm de Hg de pressão por litro.

XII – oligominerais: as que, apesar de não atingirem os limites estabelecidos na classificação acima, possuem inconteste e comprovada ação medicamentosa (Código de Águas).

Classificação das Fontes

As fontes de água mineral são, por sua vez, classificadas da seguinte maneira.

1º) Quanto aos gases:

I – Fontes radioativas, que se subdividem, dependendo do teor de gás radioativo que contenham, em francamente radioativas, radioativas e fortemente radioativas.

II – Fontes toriativas.

III – Fontes sulfurosas.

2º) Quanto à temperatura:

I – Fontes frias: quando sua temperatura é inferior a 25°C.

II – Fontes hipotermais: quando sua temperatura está entre 25 e 33ºC.

III – Fontes mesotermais: quando sua temperatura está entre 33 e 36°C.

IV – Fontes isotermais: quando sua temperatura está entre 36 e 38°C.

V – Fontes hipertermais: quando sua temperatura é superior a 38°C.

A temperatura da Terra aumenta à medida que se penetra no subsolo. A distância necessária para se ter aumento de 1ºC é chamada de gradiente geotérmico. Ela varia de uma região para a outra e no Brasil é de 30 metros em média. Em locais onde a temperatura aumenta mais depressa surgem as fontes termais.

O calor que aquece a água de uma fonte termal não está necessariamente ligado à atividade vulcânica. Pode ser devido simplesmente ao fato de a água provir de uma grande profundidade. Em termos globais, a temperatura no subsolo aumenta de 10 a 100ºC por quilômetro de profundidade.

O aproveitamento da água mineral

O aproveitamento comercial das fontes de água mineral ou de mesa, tanto em propriedades públicas quanto em particulares, é feito pelo regime de autorização de pesquisa e concessão de lavra, previsto no Código de Mineração, e observadas as disposições contidas no Código de Águas.

O aproveitamento comercial das águas de mesa é reservado aos proprietários do solo, mas o das águas minerais para consumo humano ou destinadas a fins balneários pode ser feito por qualquer cidadão brasileiro, seja ou não proprietário do imóvel onde se situa a fonte.

Satisfeitas todas as exigências legais de pesquisa e de análise da água, o interessado no aproveitamento de uma fonte de água mineral ou de mesa recebe a autorização legal para isso e a partir daí nenhuma sondagem ou qualquer outro trabalho subterrâneo poderá ser praticado no perímetro de proteção da fonte sem autorização prévia do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral).

Para a instalação ou funcionamento de uma estância hidromineral há exigências adicionais relacionadas com as edificações a serem feitas, contratação de médico, existência de um posto meteorológico destinado à obtenção das condições climáticas locais, organização das fichas sanitárias dos funcionários (renovadas pelo menos a cada seis meses), entre outras.

As empresas que aproveitam as águas minerais para preparo de sais medicinais estão sujeitas a todas as exigências do Código de Águas e mais a prescrições específicas determinadas para cada caso.

As águas minerais e potáveis de mesa podem ser usadas para fabricação de bebidas em geral, desde que não sejam desmineralizadas nem sofram tratamento prévio.

A fiscalização, em todas as fases da exploração das águas minerais, termais, gasosas e potáveis de mesa, engarrafadas ou destinadas a fins balneários, é exercida pelo DNPM.

Fonte da informação: http://www.comunitexto.com.br/agua-mineral-e-agua-de-mesa/#.VnH-h0uc87o

domingo, 20 de dezembro de 2015

Dessalinização de água e os processos de destilação



A destilação é basicamente um processo de transferência de calor. O problema fundamental da Engenharia, nesse caso, é encontrar maneiras de transferir grandes quantidades de água, vapor e calor da forma mais econômica possível.

O processo conceitual básico de destilação é mostrado na figura abaixo.

Esquema conceitual de um processo convencional de destilação. Fonte: adaptado de USBR (2003). Retirado do livro Dessalinização de águas, publicado pela editora Oficina de Textos.

No processo de destilação, os sólidos dissolvidos e os sais não voláteis permanecem em solução, sendo a água vaporizada quando a solução salina é fervida. A água que se forma quando o vapor de água condensa em uma superfície mais fria é quase pura e fica praticamente livre dos sólidos dissolvidos, os quais permanecem no concentrado.

Ao analisar a acima, pode-se deduzir que é necessário um aporte de energia de 645 kWh para que um processo convencional de destilação possa produzir 1,0 m3/h de água dessalinizada.

Segundo a Aneel (2011), o custo médio, no Brasil, da energia elétrica para o setor industrial varia de região para região. Por exemplo, na região Sudeste era de aproximadamente R$ 0,25/kWh em outubro de 2010. Utilizando esse valor, o custo para produzir 1,00 m3 de água destilada por meio de processo convencional de destilação seria de R$ 161,25/m3 (US$ 80,63/m3), ou seja, aproximadamente R$ 0,16/L, apenas no que se refere ao custo de energia elétrica.

Ressalte-se que o custo de energia elétrica para consumo residencial em São Paulo, incluindo impostos (que são variáveis por faixas de consumo), era em média de R$ 0,44/kWh, de modo que, em pequena escala, o custo passava a ser de R$ 283,80/m3 (US$ 137,10/m3), ou cerca de R$ 0,28/L. Ou seja, em qualquer um dos casos, o custo era considerado excessivamente alto.

É claro que ninguém produz água por dessalinização a um custo tão alto. Portanto, mundialmente falando, por essas razões econômicas buscam-se processos que obtenham uma produção maior do que a anteriormente reportada, ou seja, busca-se um menor consumo de energia.

Três diferentes processos de destilação foram desenvolvidos com esse objetivo:
processo DME = destilação por múltiplo efeito (em inglês, MED)
processo MEF = destilação por multiestágio flash (em inglês, MSF)
processo DCV = destilação por compressão de vapor (em inglês, VC)


Fonte da informação: http://www.comunitexto.com.br/17107-2/#.VnH9p0uc87o

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Mapeamento inédito mostra uso e cobertura do Cerrado



A Embrapa disponibiliza a partir desta semana no Sistema de Observação e Monitoramento da Agricultura no Brasil (SomaBrasil) mapas inéditos e detalhados do uso e cobertura da terra no Cerrado Brasileiro. Trata-se do TerraClass Cerrado, um dos maiores esforços técnicos já realizados para especificar as condições do segundo maior bioma da América Latina (a Amazônia é o maior) e que ocupa dois milhões de km² ou 24% do território brasileiro. O estudo envolve 1.389 municípios de onze estados mais o Distrito Federal.

A equipe multidisciplinar envolvida levou 18 meses para concluir o trabalho. Os resultados, inéditos, mostram, por exemplo, que a maior parte do bioma Cerrado (54,5%) ainda mantém as características de vegetação natural, ou seja, sem alterações decorrentes da atividade humana. As áreas com pastagens plantadas perfazem 29,4%. A agricultura (anual e perene) totaliza 11,6% da área.

A partir da disponibilização das informações é possível conhecer todas as informações referentes ao uso e cobertura da terra por estado, município, bacia hidrográfica ou por outros recortes geográficos. É possível monitorar e compreender dinâmicas relacionadas aos recursos naturais e produção agropecuária da região.


O estudo é considerado estratégico também pela relevância do bioma Cerrados. Trata-se da savana mais rica do mundo em biodiversidade, com uma flora de mais de 12 mil espécies e que nas últimas décadas tornou-se um dos maiores produtores de alimentos do mundo com o suporte de tecnologias adaptadas à região. A base de dados amplia a compreensão das dinâmicas ecológicas, econômicas e produtivas, permitindo gerenciar as relações entre pecuária, agricultura e meio ambiente e o aperfeiçoamento de estratégias de conservação.

É no Cerrado que estão localizadas as nascentes das bacias do Araguaia-Tocantins e São Francisco, além dos principais afluentes das bacias Amazônica e do Prata, conferindo uma importância estratégica em termos de disponibilidade de recursos hídricos. Para os especialistas envolvidos no projeto, o desafio é ampliar a produção agropecuária conservando a biodiversidade e reduzindo a pressão pela ocupação de novas áreas naturais por meio de estratégias voltadas ao aumento da produtividade e à integração de sistemas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

Edson Bolfe, um dos coordenadores do trabalho pela Embrapa, explica que os dados do TerraClass Cerrado devem ser atualizados a cada dois anos. “Eles permitem apoiar com maior precisão as ações de inteligência e macroestratégias relacionadas ao planejamento territorial e políticas públicas, como Plano ABC [Agricultura de Baixa emissão de Carbono] e o Plano de Desenvolvimento Agropecuário do Matopiba do Ministério da Agricultura”. Além disso, Bolfe destaca que as informações geradas irão facilitar o monitoramento do uso das terras, a definição de áreas para a implantação de sistemas de ILPF e o estabelecimento de novos cenários da agricultura no Cerrado brasileiro, o que contribuirá, segundo ele, para o desenvolvimento rural sustentável.

“A disponibilização dos dados do TerraClass Cerrado no SomaBrasil permite que a sociedade consulte, de forma fácil e ágil, os resultados do mapeamento, e realize consultas e cruzamentos espaciais”, afirma o pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite, Daniel Victoria, um dos coordenadores técnicos do projeto e responsável pelo SomaBrasil. Ele ressalta que será possível compreender melhor o uso e ocupação do Cerrado e a sua relação com outros planos de informações geoespaciais disponíveis no sistema, como solos, declividade, unidades de conservação, entre outros.

O estudo é importante para ajudar a definir uma política de ocupação sustentável. A criação de políticas públicas voltadas para a sustentabilidade da agricultura pode se apoiar na implantação de tecnologias para o uso mais eficiente das áreas que já estão sendo ocupadas, de acordo com os pesquisadores da Embrapa Informática Agropecuária Alexandre Camargo Coutinho e Júlio César Dalla Mora Esquerdo, que também coordenaram o projeto.

“Apesar de a agropecuária representar pouco mais de 40% do total do bioma, é importante destacar que as atividades antrópicas de baixo impacto e pouco intensivas ou de subsistência, como as pastagens naturais, não foram delimitadas e discriminadas pelo mapeamento, ou seja, estão incluídas na classe natural. Portanto, existe uma área significativa para a intensificação dos processos produtivos com base em princípios de sustentabilidade. Assim, é possível expandir as áreas produtivas com políticas públicas que favoreçam o desenvolvimento em equilíbrio com a conservação do bioma”, explica Coutinho.

Com a conclusão desta primeira versão do TerraClass Cerrado, agora são monitorados 73% do uso e cobertura da terra no Brasil, já que Embrapa e Inpe mantêm um sistema de monitoramento da Amazônia a partir de imagens de satélites e tecnologias de geoprocessamento (TerraClass Amazônia).

Os mapas e informações estão disponíveis no site do SomaBrasil e do Inpe.

Fonte: Embrapa

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

As Rochas


As rochas estão em todos os lugares, desde grandes centros urbanos como São Paulo até pontos turísticos como o Pão de Açúcar. Apesar disso, poucos notam a presença destes elementos fundamentais para compreender a história do planeta e as substancias que constituem a Terra.

Os petrologistas são responsáveis por traçar as origens, ocorrências, estruturas e histórias destes elementos formados por meio da associação de dois ou mais minerais.

Em geral, as rochas são classificadas em três grandes grupos, de acordo com o principal processo que lhe deu origem, podendo ser ígneas, sedimentares e metamórficas. Confira abaixo as diferenças entre elas:

Ígneas

A Obsidiana é considerada uma rocha ígnea e consiste em 70% ou mais de sílica

O próprio nome desta rocha já denota as origens da mesma, considerando que a palavra Ignea deriva do latim ignis, que significa fogo. São consolidadas desta maneira após o resfriamento do magma derretido ou parcialmente derretido. Estas se dividem em dois grupos diferentes: intrusivas, que se formam à partir do resfriamento do magma no interior da crosta terrestre, nas partes profundas da litosfera, sem contato com a superfície; e extrusivas, que são formadas à partir do resfriamento do material expelido pelas erupções vulcânicas atuais ou antigas.



Sedimentares

O Calcário é considerado uma rocha sedimentar e contêm minerais com quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio.

Recebem este nome por serem compostas de sedimentos carregados pela água ou pelo vento que se acumularam em áreas deprimidas. Nestas rochas foram encontrados muitos fósseis, graças ao processo de formação. A formação define a classificação que cada rocha sedimentar irá receber e pode ocorrer de três maneiras: com minerais que provêem diretamente de rochas pré-existentes (clásticas); minerais novos formados devido a fenômenos de transformações químicas ou de precipitações de soluções (precipitados); ou parte de seres vivos (biogênicas).




Metamórficas

O Mármore é uma rocha metamórfica originada de calcário exposto a altas temperaturas e pressão

São as rochas formadas por transformações físicas e/ou químicas sofridas por outras rochas, quando estas são submetidas ao calor e à umidade da terra. Existem alguns fatores predominantes para o metamorfismo: tipos de rochas metamórficas que serão formadas; localização e extensão na crosta terrestre; aspectos físicos envolvidos (pressão, etc.); mecanismo determinante para a conjunção destes parâmetros (clima, etc.).

Você sabia?

O Pão de Açúcar, um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro, é um enorme monólito. Composto de uma pedra conhecida como gnaisse faoidal é considerado uma rocha metamórfica por ter se originado do granito. Após sofrer alterações por pressão e temperatura, emergiu com o choque entre os continentes sul-americano e africano há mais de 600 milhões de anos.

Outra rocha famosa e que se originou do choque de placas tectônicas é o Rochedo de Gibraltar, monumento situado no território britânico homônimo. Consiste em um monolito promontório de calcário, formado quando a placa africana colidiu com a da Europa.

Fonte da informação: http://www.comunitexto.com.br/rochas-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-elas/#.VnH74Uuc87o