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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Super Lua de Junho de 2013


Dizemos que acontece uma super lua quando a lua está passando por sua posição mais próxima da Terra durante uma lua cheia ou lua nova. Isso acontecerá no próximo 23 de junho.
A Lua estará na constelação do Sagitário e entrará em sua fase cheia às 11h32m do Tempo Universal Coordenado (UTC), que corresponde a 8h32m de Brasília, ou 12h32m de Lisboa (capital de Portugal, considerando o horário de verão) e Luanda. (capital de Angola), e 13h32m de Maputo (capital de Moçambique).
Nesse momento, ela terá passado pelo seu perigeu somente 23 minutos antes, estando apenas a cerca de 357 mil quilômetros de distância de nós.
Todo astro que gira em torno de outro numa órbita regular ora está mais próximo, ora mais afastado do objeto central. Isso acontece com a Terra em relação ao Sol, com a Lua em relação à Terra, e com todos os pares desse tipo que você conseguir imaginar. A posição em que um astro está mais próximo do corpo em torno do qual gira é chamada perigeu, e a posição em que está mais afastado de apogeu.
lua-perigeu-apogeu
Esquema mostrando o perigeu e apogeu da Lua (Imagem fora de escala de tamanho e distância. A excentricidade da órbita da Lua está exagerada para facilitar a visualização.)
Durante a super lua, a imagem da Lua que vemos no céu pode ficar até 14% maior e 30% mais brilhante. Não é muita coisa para se perceber com os olhos, mas a diferença pode ser notada comparando fotografia de uma lua cheia comum com uma lua cheia na super lua. A super lua não é um evento raro, pode acontecer algumas vezes por ano, e não há absolutamente nenhum efeito sobre a Terra.
Uma recente e notável super lua ocorreu em 2011, quando foi tirada essa fotografia, que mostra a variação no tamanho aparente da Lua:
Comparação entre o tamanho aparente da Lua cheia comum e o tamanho da Super Lua de março de 2011. Perceptível com uma máquina fotográfica, mas imperceptível à vista desarmada (foto de Marcoaliaslama)
Comparação entre o tamanho aparente da Lua cheia comum e o tamanho da Super Lua de março de 2011. Perceptível com uma máquina fotográfica, mas imperceptível à vista desarmada (foto de Marcoaliaslama)
A expressão “super lua” não nasceu da Astronomia, e parece ter sido criada pelo astrólogo Richard Nolle em 1979. Apesar do nome dramático, repito que nenhuma influência gravitacional ou de qualquer outra natureza é esperada.
Dia 23 de junho é um domingo e, mesmo que não se consiga perceber qualquer mudança na aparência da Lua, vale a pena dar uma olhada nela. Você estará vendo a Lua sabendo que ela está bem próxima do ponto de sua órbita em que mai se aproxima da Terra.
Fonte: http://astronomia.blog.br/

terça-feira, 28 de maio de 2013

Como as fases da Lua influenciam as marés?



Na verdade, a Lua não produz esse efeito sozinha. Os movimentos de subida e descida do nível do mar - as chamadas marés - também sofrem influência do Sol, dependendo da intensidade da força de atração dele e da Lua sobre o nosso planeta. Assim como a Terra atrai a Lua, fazendo-a girar ao seu redor, a Lua também atrai a Terra, só que de um jeito mais sutil. O puxão gravitacional de nosso satélite tem pouco efeito sobre os continentes, que são sólidos, mas afeta consideravelmente a superfície dos oceanos devido à fluidez, com grande liberdade de movimento, da água. A cada dia, a influência lunar provoca correntes marítimas que geram duas marés altas (quando o oceano está de frente para a Lua e em oposição a ela) e duas baixas (nos intervalos entre as altas). O Sol, mesmo estando 390 vezes mais distante da Terra que a Lua, também influi no comportamento das marés - embora a atração solar corresponda a apenas 46% da lunar.





Resumo da história: dependendo da posição dos dois astros em relação ao nosso planeta, as marés têm comportamentos diferentes. É aí que entram as fases lunares. Quando a Terra, a Lua e o Sol estão alinhados - ou, como dizem os astrônomos, em oposição ou conjunção -, a atração gravitacional dos dois últimos se soma, ampliando seu efeito na massa marítima. Por outro lado, quando as forças de atração da Lua e do Sol se opõem, quase não há diferença entre maré alta e baixa. Mas esse jogo de forças não é igual em toda parte, porque o contorno da costa e as dimensões do fundo do mar também alteram a dimensão das marés. "Em certas regiões abertas, a água se espalha por uma grande área e sobe só alguns centímetros nas marés máximas. Em outras, como um braço de mar estreito, o nível pode se elevar vários metros", diz o oceanógrafo Joseph Harari, da Universidade de São Paulo (USP).



Estica-e-puxa espacial

Quando o nosso satélite e o Sol se alinham, o mar sobe mais

LUA NOVA


Quando a Terra, a Lua e o Sol se alinham, a atração gravitacional exercida pelos dois astros sobre os oceanos se soma, gerando correntes marítimas que causam uma elevação máxima do nível do mar na direção dessa linha. É época das maiores marés altas, chamadas de marés de sizígia ou máximas


LUA MINGUANTE


Nessa fase lunar, diminui a influência do Sol e da Lua nas marés oceânicas. Na noite em que metade da Lua está visível, a atração atinge seu menor valor. Em Santos, no litoral paulista, por exemplo,a diferença entre a maré alta e a baixa não ultrapassa os 5 centímetros


LUA CHEIA


Cerca de duas semanas depois da Lua Nova, nosso satélite viaja de novo para uma posição em que se alinha com o Sol e a Terra. Essa combinação traz uma nova leva de marés máximas. Nas praias de Santos, o nível do mar pode subir em torno de 1 metro nesse período


LUA CRESCENTE


Agora, a Lua e o Sol formam um ângulo reto de 90º. Nessa situação, a gravitação lunar se opõe à solar - elas só não se anulam porque a Lua, mais perto da Terra, exerce maior poder de atração. Mesmo assim, as diferenças de nível entre as marés alta e baixa são muito menores e recebem o nome de marés de quadratura ou mínimas


Mudanças radicais
Nível do mar pode subir 18 metros


Existem alguns lugares no planeta onde a influência das fases da lua sobre a maré é maior. Na baía de Fundy, no Canadá, a diferença entre as marés alta e baixa chega a 18 metros. No monte Saint-Michel, no litoral da França, 14 metros. Na região de Derby, na Austrália, 11 metros. Já na enseada de Cook, na costa sul do Alasca, a elevação atinge 9 metros



Fonte da Informação: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-as-fases-da-lua-influenciam-as-mares

O que é o eclipse solar e lunar?





O eclipse solar é um fenômeno que ocorre quando a Lua se posiciona entre o Sol e o planeta, fazendo com que esse perca a iluminação dada pelo Sol. Ao contrário desse, ocorre a eclipse lunar quando o planeta se coloca em linha reta sobre o Sol e a Lua.

Geometria do Eclipse Solar

Geometria do Eclipse Lunar


Os eclipses podem ocorrer de forma total quando toda a luz solar é bloqueada, de forma parcial quando somente uma parte da luz solar é bloqueada e ainda anular quando uma pequena faixa de luz se faz visível ao redor do eclipse. Para que os eclipses ocorram, a Lua deve estar na fase cheia ou nova, fase em que o Sol se mantém na Linha dos Nodos, linha de intersecção entre o plano da órbita lunar e a órbita solar.

Ao ocorrer um eclipse independente de ser solar ou lunar não se deve olhar para tal com os olhos despidos de proteção, pois podem ocorrer algumas lesões na retina e comprometer seriamente a visão, já que em face da escuridão do eclipse a pupila tende a ficar dilatada tornando-se vulnerável à luz. Diferente do que pensamos, os óculos escuros não oferecem proteção para os olhos quando esses são submetidos ao sol diretamente não podendo ser usados para a verificação do eclipse.

As faixas que permitem a visibilidade do eclipse são denominadas penumbra, localizada nas laterais da região por onde ocorre o eclipse e umbra localizada de frente ao eclipse. Somente as pessoas que se localizam na área da umbra é que conseguem visualizar o eclipse solar de maneira total em sua plenitude. É calculado que ocorra em média dois eclipses por ano.




Fonte: http://www.brasilescola.com/geografia/eclipse-solar.htm
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola




Para saber mais:

http://astro.if.ufrgs.br/eclipses/

http://ciencia.hsw.uol.com.br/eclipse-lunar1.htm

Diários de viagem de Humboldt à América do Sul poderão ser leiloados



Caso fracassem as negociações entre a família e o governo alemão, os diários da viagem que Alexander von Humboldt fez à América do Sul poderão ser leiloados. Eles correm o risco de desaparecer em um cofre particular.
Para entender o mundo é preciso percorrê-lo e medi-lo. Esse lema perseguiu Alexander von Humboldt – de forma bastante consequente. Como vulcanólogo e alpinista, no Equador, ele escalou o vulcão Chimborazo, de 6.300 metros de altitude. Como naturalista, na Guiana, ele se deixou picar pelos insetos que colecionava. Em países como México, Peru e Colômbia, ele fez registros da altitude e localização de costas e lagos, anotando também a temperatura do ar e da água.
Mas além de toda a coleta de dados, o romântico Humboldt podia também entrar em transe ao escutar o concerto noturno de pássaros e outros animais na floresta. Em 1799, ele viajou como pesquisador para a América do Sul. Quando voltou para a Europa, em 1804, partiu como amigo do continente americano. Não foi à toa que o herói da independência venezuelana, Simón Bolívar (1783-1830), considerava Humboldt "o verdadeiro descobridor do continente".
O diário como obra
As descobertas de Humboldt foram documentadas meticulosamente. Sempre que teve tempo, ele anotou os dados das medições em seus diários e descreveu as impressões cotidianas, reunindo 3.442 páginas de ensaios científicos com base em suas pesquisas de campo. Escritos principalmente em francês, mas também em alemão e com eventuais palavras em latim, decorados com desenhos a mão livre e artefatos colados nas páginas, os nove volumes que compõem os diários são mais do que apenas um documento sobre os países visitados.
Para Eberhard Knobloch, diretor do Centro de Pesquisa Alexander von Humboldt na Academia de Ciências de Berlim-Brandemburgo, trata-se não somente "dos mais abrangentes, mais também dos mais famosos diários que um viajante jamais elaborou".
Diários são mais do que tinta e papel
Comércio com bens culturais
Assim, foi grande o alvoroço quando veio a público a notícia de que esses diários estariam à venda. Na pior das hipóteses, eles poderão ser vendidos à melhor oferta – e desaparecer nos cofres de um proprietário particular.
Depois de serem diponibilizados na Biblioteca Estatal de Berlim a cientistas após a Segunda Guerra Mundial, os diários foram devolvidos em 2005 aos herdeiros legítimos de Humboldt, a família Von Heinz. Como a família havia prometido manter o acesso público aos diários, perdeu-se a oportunidade de colocá-los na lista de patrimônios culturais nacionais. Um grande erro, pois agora os herdeiros podem retirá-los do país sem problemas e levá-los a leilões internacionais de alto nível. Bem lembrado: poderiam.
Pois a família ainda está em negociações exclusivas com a Fundação do Patrimônio Cultural Prussiano. No entanto, o preço pedido pelos herdeiros é bastante elevado – fala-se em mais de 10 milhões de euros –, e o orçamento estatal mesmo na rica Alemanha é escasso. Caso não se chegue a um acordo, não faltarão ricos compradores particulares.
Pelo menos é o que avalia o leiloeiro berlinense Wolfgang Mecklenburg, que se especializou em manuscritos originais de personalidades históricas famosas: "Poderiam aparecer compradores que nem são colecionadores de manuscritos. Eles diriam: 'eu pago com prazer o preço que for pedido'. Principalmente se tratando de um ícone como Alexander von Humboldt, reverenciado em particular na América do Sul".
A lenda Humboldt
De fato, o apelo do nome Humboldt continua inabalável. Sobretudo na América do Sul ele é lembrado não somente por suas realizações científicas, mas também por sua postura contra o colonialismo e a escravidão. Segundo o pesquisador Eberhard Knobloch: "Os índios dali eram cidadãos de segunda classe, enquanto os missionários católicos atuavam como dominadores, tratando os nativos como crianças. Ele [Humboldt] assumiu publicamente uma postura sólida contra a escravidão, pois todos tinham o mesmo valor para ele, independente da raça."
Retrato de Alexander von Humboldt (1769-1859), pintado por C.W. Peale, em 1804
No entanto, suas posições políticas enfrentavam obstáculos, e ele teve que entrar em acordo com os governantes da época. Como filho de uma família nobre prussiana e parte da elite política da Prússia, ele assumiu o compromisso de fidelidade ao rei. E o soberano prussiano pouco apreciava as ideias de igualdade da Revolução Francesa.
A coroa espanhola, no entanto, forneceu-lhe dinheiro e liberdade irrestrita de viajar, esperando, em troca, informações sobre recursos naturais.
"Ele estava consciente de que havia certo risco de que seus conhecimentos fossem utilizados de uma forma que não o agradasse. Ao mesmo tempo, ele se via na obrigação de trazer resultados", afirma Knobloch. "Isso também era verdade para Thomas Jefferson, o então presidente norte-americano. Quando ele [Humboldt] lhe disponibilizava material cartográfico, isso tinha invariavelmente um aspecto militar."
Apesar dessas limitações, Knobloch salienta que, para a época, as posições políticas e sociais de Humboldt eram surpreendentemente progressistas e esclarecidas. Da mesma forma, o espírito iluminista também se refletiu em sua pesquisa científica. Equipado com uma variedade de instrumentos, incluindo sextantes, barômetros e termômetros, ele mediu o Novo Mundo como os astrônomos da antiguidade, que haviam registrado o curso da estrelas com a ajuda de lunetas, chegando a uma nova compreensão do universo.
Como sábio universal, Humboldt possuía conhecimentos de matemática, vulcanologia, paleontologia e climatologia, podendo fazer combinações dos resultados das medições de uma forma que, hoje, corresponderia a uma perspectiva interdisciplinar, observa Knobloch: "Isso fica evidente, por exemplo, na geobotânica, uma disciplina que ele fundou em grande parte. Ele dizia 'não basta que eu seja geógrafo e me interesse pela forma da montanha. Preciso ver, ao mesmo tempo, como se comporta a flora local.' E, em seguida, chega-se à conclusão de que as coisas estão inter-relacionadas: numa determinada região e determinada altitude, só podem ser encontrados determinados tipos de plantas."
Após sua volta à Europa, os diários de viagem à América do Sul não foram para Humboldt uma obra acabada, mas um projeto de vida, uma espécie de mina, da qual ele se serviu por muitos anos.
Cofre particular ou arquivo público?
Ainda hoje, a variedade de dados precisos dos diários interessam não somente a pesquisadores de Humboldt, mas também a climatologistas, por exemplo, em busca de informações sobre antigas linhas de precipitação de neve ou temperatura da água. Para melhorar o acesso a esses dados, eles têm de ser preparados segundo métodos editoriais modernos, diz Knobloch.
Atualmente, apenas microfilmes dos nove volumes estão disponíveis publicamente. Um trabalho completo de avaliação do material só é possível com os originais, explica o pesquisador de Humboldt. Se os diários estarão disponíveis, vai depender do curso das negociações.
Fonte da Informação: http://www.dw.de/

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Há 150 anos morria o cientista alemão Alexander von Humboldt



Ele é considerado um dos mais importantes cientistas do século 19. Conheceu Goethe, Napoleão e Thomas Jefferson. Diplomata e aventureiro, o naturalista alemão Alexander von Humboldt faleceu há 150 anos.
Alexander von Humboldt, naturalista, expedicionário e estadista alemão
Em vida ele já era chamado de "Segundo Colombo" devido às suas expedições científicas à América do Sul e à América Central. Considerado por Charles Darwin como o "maior cientista expedicionário de todos os tempos", o gênio universal Alexander von Humboldt faleceu em 6 de maio de 1859, há exatamente 150 anos.
Filho de um oficial prussiano, Humboldt nasceu em Berlim em 14 de setembro de 1769. Ele tinha múltiplos talentos; não era um especialista, mas alguém que se interessava por quase tudo o que se relacionasse às Ciências Naturais: astronomia, zoologia, geologia, botânica, mineralogia e pesquisa climática.
Humboldt: um empírico
Em entrevista à emissora Deutschlandfunk, o professor de Filologia Românica e pesquisador de Humboldt na Universidade de Potsdam, Ottmar Ette, atribuiu a originalidade do cientista ao fato de ele nunca ter se deixado disciplinar. Segundo Ette, Humboldt foi um disciplinado indisciplinado ou vice-versa. Ou seja, ele sempre recontextualizava tudo aquilo que inicialmente desagregara.
Primeiramente, ele fazia uma abordagem das diferentes formas do saber, para mais tarde, em um segundo passo, unir os diversos modos de pensar, resultados de sua reflexão. É justamente neste movimento de pensamento que reside o fascínio de Humboldt, explicou Ette.
Nesse contexto, o biógrafo de Humboldt, Manfred Geier, explica que ele não foi um filósofo da natureza que tenha desenvolvido a ideia de um todo. "Se existe uma ideia de todo, então tudo se encaixa, tudo se influencia mutuamente, nada existe isoladamente, nada que possa ser destacado do contexto geral. Não se pode, no entanto, denominar esse todo de um conceito, ele deve ser analisado na sua diversidade. Humboldt foi um empírico", afirmou Geier.
'Alexander von Humboldt e Aimé Bonpland no Orinoco', pintura de Eduard Ender
Sua grande aventura: conhecer o mundo como pesquisador
Desde pequeno, Humboldt se interessou em colecionar insetos, pedras e plantas. Ele teve a sorte de crescer numa família abastada. Mesmo após a morte do pai, sua mãe conseguiu dar a ele e a seu irmão Wilhelm a melhor educação possível. Eles receberam aulas particulares de preceptores próximos ao pensamento iluminista. Sua formação universitária em Frankfurt do Oder, Berlim e Göttingen também foi abrangente: Economia do Estado, Ciências da Antiguidade, Medicina, Física e Matemática, Botânica. Mas Alexander von Humboldt não se especializou.
Humboldt conheceu Georg Forster, naturalista e navegador experiente, com quem empreendeu sua primeira viagem de pesquisa: partindo de Mainz, atravessando o Baixo Reno, até chegar à Inglaterra. Para o biógrafo Manfred Geier, "a experiência crucial aconteceu no mar". Foi o mar que o atraiu para longe, que o fez querer conquistar o mundo, afirmou o autor do livro Die Brüder Humboldt – Eine Biographie (Os irmãos Humboldt – Uma biografia; Editora Rowohlt, 2009).
Mas, primeiramente, Alexander von Humboldt fez uma carreira meteórica como funcionário público. Com bastante dinheiro herdado de sua mãe, falecida quando ele tinha 27 anos, Humboldt demitiu-se do serviço público e decidiu preparar-se para sua grande aventura: conhecer o mundo como pesquisador.
Viagem pelo continente americano
Os preparativos duraram três anos. Em 1799, Humboldt partiu para sua grande expedição científica de meia década pelo continente americano. Seus companheiros de viagem eram o botânico Aimé Bonpland e os mais modernos instrumentos de então. A desgastante viagem, na qual ambos correram risco de vida diversas vezes, os levou ao México, a Cuba, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru.
Rota das expedições de Humboldt na América
Em 3 de agosto de 1804, Humboldt e Bonpland pisaram novamente em solo europeu. Ao desembarcarem na França, foram festejados freneticamente. A princípio, Humboldt decidiu permanecer em Paris. A Berlim prussiana não o atraía. Segundo seu biógrafo, Alexander von Humboldt era um boêmio que gostava de frequentar os salões e participar da sociedade, algo que pôde viver intensamente em Paris.
Foi por pressão do irmão, o educador, filósofo e diplomata Wilhelm von Humboldt, e por motivos financeiros, que o naturalista voltou ao seu país natal, onde passou o resto de sua vida a analisar os inúmeros animais, plantas, fósseis, pedras e anatoções que trouxe do continente americano. Sua obra mais famosaCosmos (1845), que tomou 25 anos de sua vida, tornou-se um sucesso de vendas. Humboldt foi um dos homens mais conhecidos de seu tempo antes de vir a falecer aos 90 anos, em 1859.
Autora: Judith Hartl / Carlos Albuquerque
Revisão: Simone Lopes
Fonte da Informação: http://www.dw.de/

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Por que a terra treme no Brasil

Um perfill continental: ilustração apresenta variações no relevo (linha branca) e na crosta da América do Sul
Um perfill continental: ilustração apresenta variações no relevo (linha branca) e na crosta da América do Sul
Em 8 de outubro de 2010 a terra tremeu como jamais se havia visto em Mara Rosa, cidade com 10 mil moradores no norte de Goiás. Passava um pouco das 5 da tarde daquela sexta-feira e as pessoas se preparavam para o fim de semana quando o chão balançou tão intensamente a ponto de se tornar difícil ficar em pé. Árvores chacoalharam, paredes trincaram e telhas despencaram das casas. Menos de um minuto mais tarde, os reflexos desse terremoto de magnitude 5, um dos mais fortes registrados no país nos últimos 30 anos, haviam percorrido 250 quilômetros e alcançado Brasília, onde alguns prédios chegaram a ser desocupados. “Muita gente em Mara Rosa pensou que a terra fosse se abrir e o mundo acabar”, conta Lucas Barros, chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB). Nas semanas seguintes Barros e sua equipe instalaram sismógrafos em Mara Rosa e nos municípios vizinhos para acompanhar a reverberação daquele tremor. Em seis meses, outros 800 sismos, menos intensos, ocorreram ali e ajudaram a determinar a causa direta do desassossego da terra naquela região. Bem abaixo de Mara Rosa, a uns três quilômetros de profundidade, há uma extensa rachadura na crosta terrestre, a camada mais rígida e externa do planeta. E, ao longo dessa fratura que se estende por cinco quilômetros, as rochas haviam se deslocado, fazendo a terra tremer. “Tivemos de fazer audiência pública em Mara Rosa e em Mutunópolis para explicar às pessoas o que estava ocorrendo e o que elas deviam fazer para se proteger”, diz Barros.
 A identificação dessa fratura não chegou a surpreender o grupo da UnB. Mara Rosa e outros municípios do norte de Goiás e do sul de Tocantins se encontram em uma região geologicamente instável: a zona sísmica Goiás-Tocantins, que concentra 10% dos terremotos do Brasil. Parte dos geólogos atribui a elevada frequência de tremores nessa área – uma das nove zonas sísmicas delimitadas no país, com 700 quilômetros de comprimento por 200 de largura – à proximidade com o Lineamento Transbrasiliano, uma extensa cicatriz na crosta terrestre que cruza o Brasil e, do outro lado do Atlântico, continua na África. Acredita-se que ao longo do lineamento a crosta seja mais frágil por concentrar blocos rochosos trincados que, sob compressão, se movimentariam mais facilmente produzindo terremotos.
Mas nem todos concordam. Muitas vezes a localização dos tremores não coincide com a desse conjunto de falhas e, em certos trechos dele, nunca se detectaram tremores. Quem duvida da influência direta do lineamento sobre os sismos dessa região aposta em causas mais profundas, como as que acabam de ser identificadas por um grupo de pesquisadores do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP) a partir do levantamento da espessura da crosta terrestre no país, recém-concluído.
Em um trabalho publicado em fevereiro deste ano naGeophysical Research Letters, o sismólogo Marcelo Assumpção e o geofísico Victor Sacek apresentam uma explicação mais completa – e, para muitos, mais convincente – para a concentração de tremores em Goiás e Tocantins. Em algumas áreas dessa zona sísmica a crosta terrestre é mais fina do que em boa parte do país e encontra-se tensionada pelo peso do manto, a camada geológica inferior à crosta e mais densa do que ela. Medições da intensidade do campo gravitacional nessas áreas de crosta fina indicam que, ali, há um espessamento do manto. Essa combinação faz essas duas camadas de rocha – a crosta e a região superior do manto, que do ponto de vista físico se comportam como uma estrutura única e rígida chamada pelos geólogos de litosfera – vergarem como um galho prestes a se romper. Nessa situação, a litosfera pode trincar como uma régua de plástico que é curvada quando se tenta unir suas extremidades (ver infográfico ao lado).
“A litosfera tende a afundar onde ela é mais densa e a subir onde a densidade é menor”, explica Assumpção. “Essas tendências causam tensões que produzem falhas e, eventualmente, provocam sismos”, completa o sismólogo do IAG, coordenador da Rede Sismográfica do Brasil, que monitora os terremotos no país.
Durante uma conversa em sua sala no início de abril, Sacek, coautor do estudo, pegou um livro de capa flexível para ilustrar o que ocorre no trecho da zona sísmica Goiás-Tocantins onde se encontra Mara Rosa. “Supondo que esse livro represente a litosfera da região, um acréscimo de carga no interior da litosfera, por haver uma proporção maior de rochas do manto [mais densas], vai fazê-la sofrer uma flexura”, explicou, colocando o livro na posição horizontal e pressionando suas laterais, o que o fez se dobrar como se um bloco de pedra estivesse colado à capa inferior. Como resultado, a parte superior é submetida a forças de compressão e a inferior a forças de distensão. “Embora seja rígida, a litosfera tem alguma flexibilidade e resiste até certo ponto à deformação”, diz Sacek. “Mas a partir de determinado limite ela pode vergar e se romper.”
Anos atrás, analisando o mapa da distribuição de sismos no Brasil, Assumpção percebeu que a maioria deles ocorria no trecho de Goiás e Tocantins no qual em 2004 o geofísico Jesús Berrocal, ex-professor da USP, havia identificado uma anomalia gravimétrica. Lá o campo gravitacional é anormalmente elevado para uma região de planalto com altitude média entre 300 e 400 metros. Naquelas terras planas e relativamente baixas – por exemplo, não existem cadeias de montanhas ali – não há excesso de massa sobre a superfície que justifique a flexura da litosfera. Logo, concluiu Assumpção, essa massa só poderia estar embaixo da terra. Provavelmente em regiões profundas como as camadas mais superficiais do manto, uma vez que a crosta só tem 35 quilômetros de espessura.
Mas era preciso verificar se essa ideia fazia sentido e se o espessamento do manto podia, de fato, fazer a litosfera se curvar. Assumpção pediu então a Sacek, especialista em simulações computacionais, que criasse um modelo matemático para representar as camadas geológicas daquela área de Goiás e Tocantins que levasse em conta todas as forças que atuam sobre elas. Sacek desenvolveu um programa incluindo tanto o efeito de forças locais, originadas a poucas dezenas de quilômetros da região dos sismos por diferenças de relevo (vales, rios e morros) e por variações na espessura da crosta, como o de forças regionais, de escala planetária, que ocorrem a milhares de quilômetros de distância, nas bordas dos blocos em que está dividida a litosfera.
Ao unir esses elementos, Sacek identificou uma zona de fragilidade da crosta que coincide com a área de mais sismos em Goiás e Tocantins. Nesse grande bloco, com 200 quilômetros de largura e 5 de profundidade, as forças são intensas a ponto de superar o limite de elasticidade das rochas e fragmentá-las. “Esse modelo explica até a profundidade dos sismos, que em geral ocorrem a menos de cinco quilômetros da superfície”, afirma Sacek.
Ele e Assumpção acreditam que esse mecanismo – a flexura em região de crosta mais fina – pode também ser a causa da elevada frequência de tremores em outras regiões do país, como a bacia do pantanal e a zona sísmica de Porto de Gaúchos, em Mato Grosso, onde em 1955 ocorreu o maior abalo sísmico já registrado no Brasil, com magnitude de 6,2 graus na escala criada por Charles Richter. Os terremotos com magnitude superior a 5 são raros no país – ocorre, em média, um a cada cinco anos. Mas, mesmo fracos, costumam assustar a população, pouco habituada a conviver com os sismos e pouco preparada para lidar com eles. Além de falta de informação sobre como enfrentar os tremores, as residências mais pobres não resistem a abalos pequenos, que causariam poucos danos em uma metrópole. Em 9 de dezembro de 2007, um tremor de magnitude 4,9 danificou várias casas no povoado de Caraíbas, nos arredores de Itacarambi, norte de Minas Gerais, onde a queda de uma parede matou uma criança. “Essa é a única morte direta causada por um terremoto de que se tem notícia no país”, conta o geólogo Cristiano Chimpliganond, da UnB.
A flexura da crosta também explica os terremotos em outra zona sísmica do Brasil: a margem da plataforma continental entre os estados do Rio Grande do Sul e o Espírito Santo. A uma distância que varia de 100 a 200 quilômetros da costa, o fundo do mar sofre um declive abrupto. Nesse degrau, a profundidade do oceano passa de 50 metros para 2 mil metros. Os sedimentos que os rios transportam para o mar se acumulam na extremidade desse degrau, exercendo um peso extra sobre a crosta. Assumpção acredita que essa sobrecarga provoque os sismos detectados nessa região, por mecanismos semelhantes ao que estaria ocorrendo em Goiás e Tocantins. A diferença nesse caso é que o excesso de massa não se encontra sob a crosta, mas sobre ela.
Em um trabalho de 2011, Assumpção e colaboradores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) e da Petrobras analisaram um terremoto que ocorreu em abril de 2008 a 125 quilômetros ao sul da cidade de São Vicente, no litoral paulista – e que foi sentido até na cidade de São Paulo. O ponto de origem do tremor foi justamente a extremidade do degrau da plataforma continental e as características de suas ondas sísmicas parecem confirmar a ideia de que foi desencadeado pela sobrecarga de sedimentos.
A elaboração desses modelos sobre a causa dos tremores brasileiros só foi possível graças à descoberta de variações na espessura da crosta terrestre no país. Assumpção e colaboradores da UnB, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Observatório Nacional (ON) reuniram informações sobre a espessura da crosta em quase mil pontos na América do Sul, tanto no continente como no oceano – desse total, cerca de 200 medições foram feitas nos últimos 20 anos com financiamento da FAPESP e do governo federal. No mapa que sintetiza esses dados, publicado noJournal of South American Earth Sciences, os pesquisadores chamam a atenção para as regiões onde a crosta é mais espessa ou mais delgada. “A espessura da crosta é um dos parâmetros mais importantes para compreender a tectônica [as forças e os movimentos das camadas geológicas] de uma região”, afirma o sismólogo Jordi Julià, da UFRN.
Essa é a compilação mais completa e detalhada já feita sobre a crosta brasileira. A espessura em todos esses pontos foi obtida a partir da combinação de dados obtidos por três métodos que usam as ondas sísmicas para deduzir a estrutura das camadas geológicas por onde elas passam. O mais preciso deles – e também o mais caro – é a refração sísmica, no qual os pesquisadores registram ao longo de centenas de quilômetros os tremores causados por explosões controladas (ver Pesquisa FAPESP nº 184). Os dois outros métodos se baseiam no monitoramento ao longo de anos dos terremotos que acontecem ao redor do globo.
De modo geral, a crosta no Brasil tem espessura semelhante à dos outros continentes – em média de 40 quilômetros, medidos a partir do nível do mar. Há algumas regiões no país, porém, em que a crosta chega a ser mais fina do que 35 quilômetros. A existência de uma delas – uma faixa de quase mil quilômetros que vai do pantanal, em Mato Grosso do Sul, a Goiás e Tocantins – ainda não está bem delineada, porque há poucas informações sísmicas disponíveis sobre a região. Já no Nordeste, onde foi feita a maioria dos experimentos de refração sísmica pela equipe de Reinhardt Fuck, da UnB, a incerteza é menor.
Cordilheira dos Andes: região em que a crosta é mais espessa na América do Sul e atinge até 75 quilômetros
Cordilheira dos Andes: região em que a crosta é mais espessa na América do Sul e atinge até 75 quilômetros
Um dos recordes de espessura está sob a floresta amazônica, na fronteira entre os estados de Roraima, Amazonas e Pará. Com até 45 quilômetros de espessura, esse é um dos pedaços da crosta mais antigos do Brasil, com mais de 2,5 bilhões de anos. “Essas regiões mais antigas tendem a ter crosta mais espessa”, diz Assumpção.
Ali se localiza a área mais vasta do território nacional com crosta menos espessa: a província de Borborema, bloco rochoso sobre o qual se assentam quase todos os estados do Nordeste, a região com maior frequência de tremores no país. Em alguns pontos dessa região, a crosta tem menos de 30 quilômetros. Esse afinamento parece ter ocorrido entre 136 milhões e 65 milhões de anos atrás, período em que a América do Sul se separou da África.
Mas o trecho de crosta mais espessa do país se encontra em uma região relativamente jovem, a bacia do Paraná, que começou a se formar há 460 milhões de anos. No interior de São Paulo, próximo ao rio Paraná, a crosta alcança 46 quilômetros de espessura. Assumpção propõe duas possíveis razões para esse espessamento. A primeira, sugerida por diversos estudos, é que sob a bacia do Paraná haveria um bloco de crosta mais antiga, com bilhões de anos de idade, batizado de cráton do Paranapanema. A segunda tem a ver com a intensa atividade vulcânica ali há 130 milhões de anos. Por algum motivo que não se conhece, o manto abaixo da bacia do Paraná se tornou anormalmente quente, fenômeno que os geólogos chamam de pluma térmica. Essa pluma teria fundido parcialmente as camadas profundas da Terra, gerando magmas de composição basáltica que se derramaram sobre a superfície e originaram uma das maiores províncias vulcânicas do planeta. Essas rochas geraram as faixas de terra roxa, um solo bastante fértil. Parte do material originado no processo permaneceu lá embaixo e, quando o manto esfriou, se soldou à porção inferior da crosta, aumentando sua espessura.
Com pesquisadores do Chile e da China, Assumpção expandiu o mapeamento da crosta para a cordilheira dos Andes. Sob essa cadeia de montanhas, a espessura da crosta varia de 35 quilômetros, na fronteira do Peru com o Equador, a 75 quilômetros, no altiplano boliviano. Essa espessura máxima é semelhante à observada em outras regiões montanhosas relativamente jovens, como o Himalaia. Em geral, há uma correlação direta entre a altitude de um terreno e a espessura da crosta. “Quanto mais alta a topografia, mais espessa é a crosta”, explica Assumpção. “Para altitudes superiores a 3 mil metros, o normal é a crosta chegar a 70 quilômetros.”
Mas há exceções. No norte da Argentina, onde os Andes se erguem a mais de 4 mil metros de altura, a crosta tem menos de 55 quilômetros de espessura. Novamente, os pesquisadores imaginam duas explicações. Ou a crosta já era anormalmente fina desde antes da formação dos Andes ou, há 4 milhões de anos, ela se tornou tão espessa e quente que perdeu parte de suas camadas mais profundas, fenômeno chamado delaminação.
Já na fronteira do Peru com o Equador, onde a altitude supera os 3 mil metros, sua espessura é de apenas 35 quilômetros. Nesse caso, a crosta parece ser sustentada pelo movimento das correntes das camadas mais profundas do manto, que, embora sejam rochas, se comportam como um líquido extremamente viscoso no tempo geológico – ele flui alguns centímetros por ano. A força dessas correntezas ascendendo são capazes de suspender a crosta, acrescentando de um a dois quilômetros na altura das montanhas. O inverso também pode acontecer. O fluxo descendente pode puxar para baixo a crosta em algumas regiões, como Sacek e Naomi Ussami, geofísica da USP, observaram na bacia de Marañon, entre o Equador, o Peru e a Colômbia.
Apesar das duas décadas de trabalho, as pesquisas nessa área ainda estão atrasadas na América do Sul. Os Estados Unidos e a Europa já dispunham de mapas detalhados da espessura da crosta no final dos anos 1990. “O avanço do mapeamento da crosta no mundo varia segundo a renda per capita dos países”, diz Assumpção. “Só estamos melhores do que a África.”
No Brasil, as principais instituições de pesquisa da área se uniram há dois anos e criaram a Rede Sismográfica do Brasil, que dispõe de 50 estações sismológicas e pretende chegar a 80. Assim, os pesquisadores esperam monitorar melhor o país e aumentar a resolução do mapa. Quanto mais terremotos se observarem, mais detalhes da espessura da crosta poderão ser identificados. E, com mais detalhes, é possível criar modelos que permitam predizer com mais precisão as áreas sob risco de tremores de maior magnitude. “A sismologia não consegue prever terremotos e, mesmo que conseguisse, não poderia evitá-los”, diz Barros. “Por isso, temos de aprender a conviver com eles e nos proteger deles.”
Projeto
Evolução tectônica, climática e erosional em margens convergentes: uma abordagem numérica (nº 2011/10400-0); Modalidade: Bolsa de pós-doutorado; Coord.: Victor Sacek – IAG/USP; Investimento: R$ 153.896,91 (FAPESP).
Artigos científicosASSUMPÇÃO, M. e SACEK, V. Intra-plate seismicity and flexural stresses in central Brazil. Geophysical Research Letters. v. 40 (3), p. 487-91. 16 fev. 2013.ASSUMPÇÃO, M. et al. Crustal thickness map of Brazil: Data compilation and main features. Journal of South American Earth Sciences. v. 43, p. 74-85. abr. 2013.
ASSUMPÇÃO, M. et al. Models of crustal thickness for South America from seismic refraction, receiver functions and surface wave dispersion. Tectonophysics. 2013 (on-line).
Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br/